COMO PODEMOS CALAR-NOS?
Deus salvou-me atraindo meu coração. À medida que minha fé e devoção a Ele crescia, Deus começou a transmitir conhecimento e discernimento, um entendimento de seus caminhos, um desejo de estudar, aprender e crescer ainda mais em Sua sabedoria. É um processo de orientação e amadurecimento, algo que continuará até o dia em que eu morrer. Porém, isto começou com a atração de minhas emoções, não do meu intelecto.
Cresci numa família que não conhecia nada sobre Jesus. Meus pais eram filhos da escuridão, imersos num estilo de vida de ocultismo, cegos para a luz maravilhosa da graça de Jesus. Lembro vividamente dos olhos da minha mãe. Eram frios, obscuros e vazios. Olhos sem emoção. Não havia nada lá: nem amor, nem sentimentos, nem compaixão… nada além de escuridão. Olhar para sua face era como encarar o inferno. Algumas vezes, eu sentia como se o próprio Satanás estivesse olhando-me através dos olhos estéreis e vazios de minha mãe.
Pela graça de Deus, mais tarde, eu fui capaz de conduzir minha mãe e meu pai para o Senhor. Ela tornou-se uma testemunha poderosa do perdão maravilhoso de Deus e, pela primeira vez, fui capaz de olhar em seus olhos e ver o amor e compaixão que eu tanto desejava. O vazio tinha passado e, em seu lugar, passou a existir uma beleza pura, uma alma liberta do ódio e desespero. Ela era uma filha da liberdade.
Como podemos nos calar quando testemunhamos a transformação milagrosa de uma alma liberta das garras de Satanás? Uma vez que vemos o que Jesus pode fazer em e através de uma vida devota a Sua vontade, somos transformados para sempre. Começamos a desejar toda a sabedoria e capacidade que o Espírito Santo oferece. Não conseguimos conter-nos de suplicar em favor dos perdidos, desejando alcançá-los com a mensagem de Deus.
Nicky Cruz, evangelista internacionalmente conhecido e autor reconhecido, converteu-se a Jesus Cristo de uma vida de violência e crime, depois de conhecer David Wilkerson na cidade de Nova Iorque, em 1958. A história dessa conversão dramática foi contada, primeiramente, no livro A Cruz e o Punhal, de David Wilkerson, e, mais tarde, em seu próprio Foge, Nicky, Foge.