JESUS E LÁZARO

Como é ditto em João 11, a ida de Jesus a Betânia não era totalmente sobre a morte de Lázaro, mas sim muito mais sobre sua própria morte. Pense nisso: Quando chegou a hora de Jesus enfrentar a cruz, de que forma seus seguidores poderiam crer que Ele poderia ressuscitar? Só havia uma forma de crer nisso. Aquilo era para Jesus – lá em Betânia com seus amados amigos – entrar na situação mais desesperançosa e trabalhar seus propósitos diante do que era humanamente impossível.

Eu estou convicto de que Jesus não confiou essa experiência a qualquer um fora de seu círculo social. Aquelas coisas estavam reservadas para aqueles que eram íntimos dEle, que não pensavam como o mundo pensa. Veja só, é somente para esses amigos – pessoas que conhecem o coração de Cristo confiam nEle plenamente – é que Ele pode produzir uma fé inabalável.

O fato é, Jesus sabia de todas as provações futuras que viriam sobre as vidas daqueles amados. Ele sabia de todas as enfermidades e tragédias que eles enfrentariam. E Ele queria vê-los aprofundados em uma fé que creria em Seu cuidado, não importa qual tamanho do problema eles enfrentassem.

Quando Jesus finalmente chegou, as primeiras palavras de Marta a Ele foram: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas eu sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedirdes” (João 11:21-22). Essas palavras podem soar cheias de fé da parte de Marta, mas quando Jesus respondeu: “Teu irmão irá ressuscitar” (11:23), a resposta de Marta foi reveladora: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição do ultimo dia” (11:24). Em outras palavras: “Está tudo acabado agora, Jesus. Chegou tarde demais.”

Jesus replicou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (11:25-26)

Cristo estava dizendo a ela, em outras palavras: “Não, Marta. Eu sou a ressurreição e a vida. Creia em Mim e você jamais morrerá.” Novamente, Ele não estava apenas falando sobre Lázaro, mas acerca de sua própria morte e ressurreição. Para Ele, Lázaro ressuscitar era algo já resolvido: “Marta, não crê que eu posso ir até mesmo à sepulture e fazer o impossível por você e por Maria, todos os dias?”