O Milagroso Monte de Deus

Isaías 25 descreve uma incrível visão. Nela, o profeta Isaías é transportado para o futuro, exatamente para os últimos dias. Os comentaristas bíblicos concordam em que, nas escrituras, esse é um dos quadros mais claros no que se refere aos tempos do fim. Não é uma previsão mística, confusa. Isaías nos mostra precisamente o quê Deus pretende para as nações e para a Sua igreja, um pouco antes do fim. E agora mesmo, estamos vivendo bem na hora que Isaías descreve.

Nos primeiros cinco versos, Isaías traz um esboço do quê Deus tem reservado para as nações. Primeiro, o profeta vê que Satanás edificou um império demoníaco, escravizando nações inteiras. O diabo tem esses povos cativos há séculos, com garras de ferro.

Isaías descreve essa obra demoníaca em termos de uma cidade poderosa. Satanás construiu uma fortaleza alta e maciça com muralhas impenetráveis. É uma cidade de espíritos, cheia de habitações, palácios e mansões espirituais. E é habitada por principados e potestades demoníacos. Dessa cidade, Satanás controla todas as nações sob a sua autoridade. Ele aprisiona multidões de pessoas com espíritos de luxúria, cobiça, assassinato, e de todos os tipos de mal. E tem possuído os seus líderes, manipulando-os para afastar toda a influência do evangelho.

Essas nações são um quadro do poder opressivo do inferno. Os pobres não têm força. Os necessitados enfrentam tremendas lutas. E violentas tempestades trazem terríveis destruições. Isaías descreve essas tempestades como grandes rajadas de calor intenso. Elas representam tentações impetuosas tais como a humanidade nunca antes experimentou. Tais tempestades diabólicas varrem nações inteiras com poder avassalador.

Mas então Isaías contempla uma visão maravilhosa. Ele assiste admirado Deus prontamente agindo em relação à obra de Satanás. O profeta declara: "Porque da cidade fizeste um montão de pedras e da cidade forte, uma ruína; a fortaleza dos estranhos já não é cidade e jamais será reedificada. Pelo que povos fortes te glorificarão, e a cidade das nações opressoras te temerá" (Isaías 25:2-3).

Em um instante, Deus reduz o império de Satanás a entulhos. E subitamente, as nações que jazem sob tirania demoníaca são libertas. Isaías rompe em jubiloso louvor diante da visão: "Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros" (Isaías 25:1). Ele está dizendo: "Senhor, Tu nunca és pego de surpresa. Tu fizestes grandes maravilhas no passado, e agora tens um plano para essa hora. Tu o ordenastes desde a fundação do mundo".

À medida que Isaías assiste o plano de Deus sendo revelado, sua alma se exalta. Ele exclama às gerações que se seguirão: "Nos últimos dias, Deus vai esmagar e aniquilar o poder de Satanás. Tais palácios de estranhos seres diabólicos cairão em ruínas. E a cidade do diabo será reduzida à pilhas de pó".

Agora começam a cair as amarras das multidões que estavam presas. Elas estavam sendo libertas das satânicas prisões do medo e do pecado. Isaías os chama de "povos fortes", significando "pessoas que antes estavam endurecidas pelo pecado". E ele nos diz que estas mesmas pessoas começam a glorificar a Deus. Durante anos foram terrorizadas por seu opressor, Satanás. Mas agora temem unicamente o Senhor, Aquele que os libertou.

Naquela hora, o versículo 4 se cumprirá para que o mundo todo veja: "Porque foste a fortaleza do pobre e a fortaleza do necessitado na sua angústia; refúgio contra a tempestade e sombra contra o calor; porque dos tiranos o bufo é como a tempestade contra o muro" (25:4).

Vejo isso acontecendo agora para milhões de pessoas em todo o mundo. Os pobres de espírito estão se tornando fortes. Os necessitados estão sendo resgatados. E os sofridos estão encontrando abundância de paz. Cristo se tornou a sua proteção, o seu refúgio, o seu defensor, seu abrigo secreto. Quando rajadas de flamejantes tentações vêm, se chocam contra um muro santo que os cerca, e se desintegram. Os ataques de Satanás, antes tenebrosos, agora caem inofensivos sobre o chão.

No verso 5, encontramos uma das mais gloriosas previsões. O original hebraico diz o seguinte: "Deus sujeitará o rugir dos estrangeiros...e silenciará o cânticos dos perversos". A versão Almeida Revista e Corrigida diz: "Tu abaterás o ímpeto dos estranhos...o cântico dos tiranos será humilhado". Isso está descrevendo terrorismo. Já lemos no verso 3: "a cidade das nações opressoras". O Senhor está prometendo abater os terroristas.

Agraceço a Deus que os militares tenham prendido Saddam Hussein. Contudo, a verdade é: nem mesmo uma coalisão mundial liderada pelos EUA conseguiria impedir o terrorismo. É uma tarefa impossível para os humanos. Mas Isaías torna isso claríssimo: Deus agirá em favor do Seu povo. Prevendo o que ocorrerá com as nações, ele aconselha: "Não tenham medo. O Senhor tem um plano. E ele existe desde antes da criação. Ele vai parar a ameaça dos estranhos, os terroristas".

Os noticiários mostraram terroristas dançando sobre os corpos de soldados dos EUA. Mas Deus anunciou: "O cântico deles está prestes a cessar. Eu submeterei os opressores". O islamismo radical não é ameaça. O Senhor prometeu o aniquilar. Ele tornará o cântico dos terroristas em lamentações.

Nesse momento, vivemos no período bíblico conhecido como o das "últimas chuvas" (chuva serôdia). E o plano de Deus já está em ação. Por todo o mundo, as altas muralhas de Satanás estão caindo.

Pense no que aconteceu com o comunismo. Muros literais caíram na Alemanha, na Rússia e por toda o leste europeu. Agora a Cortina de Bambu está lentamente caindo também, na China e na Mongólia. Milhões de pessoas que viviam sob a tirania de Satanás estão sendo libertas. E muitos estão ouvindo a pregação do evangelho pela primeira vez. "Povos fortes", anteriormente endurecidos pelo pecado, agora estão louvando a Deus.

Digo-lhe o seguinte: vivemos numa época especial. Nunca vi algo assim em mais de cinqüenta anos de ministério. No ano passado a nossa equipe fez uma cruzada na Nigéria, e 500.000 pessoas vieram em uma única noite. Tem havido uma fome por Deus sem precedentes. Tenho visto acontecer coisas que eu nunca sonharia ser possíveis.

Uma destas maravilhas está acontecendo no Irã. Há várias décadas atrás, o meu livro A Cruz e o Punhal foi impresso lá secretamente. Cerca de 25.000 cópias têm circulado. Também, o filme Jesus foi mostrado secretamente a centenas de grupos. Agora centenas de milhares de iranianos estão sendo salvos através de mensagens evangélicas como essas.

Há pouco recebi um tocante relatório sobre um programa contra drogas feito pelo Desafio Jovem em um país do Oriente Médio, país o qual não estou autorizado a revelar. Esse país muçulmano se vê complicado com o alcoolismo e o vício de drogas. Os oficiais do governo admitem que o problema é maior do que eles. Ainda assim, através do poder libertador de Jesus Cristo, esse programa do Desafio Jovem produziu centenas de formandos que foram salvos, livrados e libertos.

Um formando é agora o supervisor de uma denominação pentecostal lá. Ele diz que o czar nacional das drogas há pouco assistiu a cerimônia de formatura do Desafio Jovem. O proeminente líder islâmico ouviu dezenas de jovens se levantando e testificando como Jesus os curou do vício. (O que o czar provavelmente não sabia é que mais de cem formandos partiram para iniciar igrejas naquele país) O governo agora reconhece o Desafio Jovem como sendo o programa anti-drogas de maior sucesso no país.

Está ocorrendo em todo o mundo por maneiras incríveis: a cidade murada de Satanás está ruindo!

Agora Deus leva a atenção de Isaías para a igreja. Ele mostra ao profeta um banquete abundante e sobrenatural que acontece sobre um monte: "O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de cousas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados" (Isaías 25:6).

Você compreende o que Isaías está dizendo aqui? Esse banquete maravilhoso terá lugar um pouco antes do retorno de Jesus. Nessa ocasião, o povo de Deus não estará se lamentando, chorando com medo, oprimido ou derrotado. Não aparecerá com imagem frágil, esquelética, de fraqueza espiritual. Não, Cristo vai voltar para achar o Seu povo banqueteando-se com "pratos gordurosos com tutanos".

O próprio Deus preparou esse banquete. E nesse momento, o banquete avança - nessa hora do fim. O Senhor está nos dizendo basicamente: "Guardei o melhor vinho para o fim. E agora o derramo em abundância para o Meu povo. Eles celebram coisas maravilhos diante da Minha presença".

Vejo esse banquete incrível ocorrendo ao viajar por todo o mundo. Moços e moças de Deus estão famintos por um evangelho que os toque profundamente no espírito. Rejeitaram os evangelhos do falatório, das multidões e do profissionalismo. Buscam unicamente se trancar com Jesus, para receber revelações dEle. E voltam da oração com um fogo que mexe com todos que os cercam.

Agora, o monte onde este banquete tem lugar é muito significativo. Representa um lugar santo, uma casa onde a presença de Cristo é manifesta. É um lugar onde o povo de Deus tem comunhão e ceia com Ele, adorando-O em espírito e em verdade. Esse monte da presença de Deus é um conceito importante para o Seu povo. Por que? Porque tudo que o Senhor está fazendo nesses últimos dias está intimamente ligado à Sua presença - e a Sua festividade de gordura e vinho só pode ter lugar onde a presença de Jesus é manifesta.

Agora, quando falo da manifesta presença de Cristo, não estou falando a respeito de algo místico ou do outro mundo. Toda vez que Jesus torna a Sua presença conhecida, todos os presentes o sentem. O salmista diz que os montes se derretem como cera na presença do Senhor (v. Salmo 97:5). Em resumo, toda muralha espiritual ou todo bloqueio da carne se evapora quando Jesus se faz conhecido. A presença de Cristo é tão real quando manifesta, que quase se pode tocá-la.

Sim, e a sua igreja? É a tangível, penetrante, e manifesta presença de Jesus evidente em seu meio? As pessoas se derretem diante dEle, chorando pelo pecado e se rejubilando pela tremenda paz que Ele traz? Elas ajoelham se consumindo em adoração a Ele? E elas partem carregando o brilho especial de terem estado na presença de Cristo?

E no seu lar? As visitas sentem a presença de Jesus em sua casa? O aroma da santidade dEle permeia sua família, o seu matrimônio, os seus relacionamentos? Há lágrimas de intercessão em favor de membros da família, choro de quebrantamento, um desejo sincero de acertar tudo? Ou, quem manda é a carne?

Acredite: há um monte espiritual elevado e santo. E é encontrado unicamente em seu lugar secreto de oração. Não importa se a sua igreja é grande ou pequena. A única coisa importante aos olhos de Deus é a manifesta realidade de Seu Filho. A presença de Cristo tem de ser plenamente aparente aos olhos, ao coração, a todos os sentidos. Se não for, então nenhuma das gloriosas obras que Isaías prevê tocará esse lugar.

Nem irão tais obras alcançar um lar de onde a presença de Cristo se afastou. Elas nunca podem acontecer se a Sua presença não é desejada, buscada e cultivada. Um lar assim irá, pelo contrário, ser marcado por confusão e desespero.

Todo lar cristão deveria ser um lugar elevado, um monte de separação do mundo e da carne, um salão santo de banquetes com o Senhor. Porém isso não acontece em muitos lares cristãos porque eles se contaminaram com a imundície. A obscenidade ímpia e vil é permitida entrar através da TV, cinema e Internet.

O quanto os anjos devem se espantar ao testemunharem tanto mal dentro de lares que deveriam estar cultivando a presença de Jesus. Multidões de cristãos agora gastam seu tempo dedicando-se à pornografia da Internet, a vídeos de sexo, a beber a corrupção da TV. Depois vão ao cinema, e efetivamente pagam para ouvir o nome de Cristo sendo blasfemado. E se perguntam por que a palidez da morte espiritual paira sobre a sua casa.

É tarefa do Espírito Santo trazer e manter a presença e o poder de Cristo em nossas igrejas, lares, em nossos corações. Mas multidões continuam entristecendo o Espírito com nossa idolatria. Eu lhe pergunto: como a visão de Isaías em relação à bênçãos e liberdade gloriosas - pode ter lugar em uma atmosfera de lasciva tolerância e indulgência? Que sentido faz orarmos pelos queridos não salvos - quando nossos lares estão corrompidos?

Deus pretende operar uma surpreendente variedade de milagres que superará nossos corações e mentes. E Ele tem tudo isso planejado desde antes que o mundo existisse. Se Ele criou tal plano de aliança, então ele deve e irá acontecer. No entanto alguns não estarão à mesa do banquete. Os que se tornaram mornos, amantes do comodismo, as pessoas que se entregaram às loucuras do mundo - nenhum desses estará no banquete.

Note a descrição que Isaías faz daqueles que estão presentes: "O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de cousas gordurosas, uma festa com vinhos velhos, pratos gordurosos com tutanos e vinhos velhos bem clarificados" (Isaías 25:6). Isso fala de pessoas que não estão satisfeitas só com o leite da palavra de Deus. Esses servos amam a repreensão do Senhor. Eles têm fome de carne da verdade, uma palavra piedosa da parte de pastores provados, testados - uma mensagem em chamas pelo Espírito Santo. E buscam a palavra de Deus diariamente para si, sedentos por provarem o sabor de Seu vinho refinado e antigo.

"Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações" (Isaías 25:7). Aqui estão duas maravilhosas profecias. E a primeira envolve os judeus. O véu ao qual Isaías se refere aqui é a cegueira espiritual que tem coberto os corações dos judeus desde o tempo de Moisés. O apóstolo Paulo fala extensamente dessa cegueira:

"Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado" (2 Coríntios 3:16). "Veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios...Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades" (Romanos 11:25-26).

Paulo cria no que Isaías profetiza sobre Israel: que o Libertador arrancará o véu que cega. Um remanescente judeu se voltará para o Senhor e obterá a Sua misericórdia (v. 11:30). Amado, tal profecia está ocorrendo agora mesmo. Por todo o mundo, os olhos dos judeus estão se abrindo para Cristo. Uma revista secular registra que os judeus agora estão tendo um novo olhar em relação a Jesus. Eu digo "Aleluia!". É só isso que precisa - apenas um olhar.

Mas a profecia de Isaías também tem um outro significado. Tem a ver com a sua família próxima, leitor. Aplica-se a todo cônjuge, filho, a qualquer membro da família que tenha um véu de cegueira espiritual lançado sobre ele por Satanás. Recebo muitas cartas de pais dizendo de seus filhos sendo cegados pelo inimigo. Eles criaram seus jovens em ambiente cristão - mas agora estão confusos e perplexos, dizendo: "Não entendo o que aconteceu. Eles simplesmente não crêem. Nada que eu diga chega até eles. Parece que não consigo alcançá-los".

Paulo diz que o deus deste mundo cegou estes jovens. Eles perderam a fé porque o inimigo bloqueou a luz do evangelho para eles. Portanto, não adianta o pai tentar enxergar em profundidade buscando um motivo que esteja por trás. É tudo obra de Satanás. Ele quer manter esse jovem preso, confuso e em pecado. O problema vai além de aconselhamento, pregação ou estratégias dos pais. Será preciso um milagre, puro e simples.

Lembre-se, a Bíblia diz que o inimigo busca a vida preciosa (v. Provérbios 6:26). Ele está procurando plantar sementes de amargura e de falta de perdão em seus corações e mentes. É assim que ele tranforma almas gentis e amorosas em escravos do pecado. E simplesmente não conseguimos alcançar ninguém que tenha um véu sobre o coração. Preleções só os endurecem.

Não, a nossa batalha deve ter lugar no Espírito. Afinal de contas, estamos enfrentando um espírito do deus deste mundo. E esse espírito do mal é afetado unicamente por nosso banquete sobre o monte. Vai ser necessária a presença de Cristo em nossas vidas de um jeito que nunca antes a tenhamos experimentado. Somente a manifesta realidade de Jesus derreterá como cera a escravidão a Satanás, tornando-a impotente contra os nossos amados.

Toda rebeldia, droga ou farra são véus de impedimento. Ainda mais, não pode haver mudança em seu filho enquanto ele não tiver vontade de perdoar. E isso requer um encontro com o poder de fusão existente na presença de Cristo. Está na hora de você se juntar a Jesus no banquete. Isaías diz que Deus devorará e porá de lado todos os véus demoníacos.

Mas essa promessa melhora ainda mais. Todo traço de morte espiritual em sua família também será tragado: "Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos" (Isaías 25:8). Você pode perguntar: "Posso acreditar nisso mesmo? Cessarão as lágrimas pelos meus queridos? Vão acabar as garras da morte espiritual que agarram o meu filho? Não consigo imaginar isso; essa promessa não pode ser para os dias de hoje. Deve ser para quando Cristo reinar na eternidade". Não! O versículo seguinte é prova de que tal profecia é para hoje: "Naquele dia, se dirá" (25:9). Essa é uma profecia para "agora". Deus pretende cumpri-la durante a nossa vida, nessa hora presente.

Nesses próximos dias, muitos virão para estar sob o poder e a presença de Cristo. Esses que voltarão totalmente para Ele - que se arrependerão, perdoarão, que irão à montanha para se banquetear com Ele - verão todas as suas lágrimas transformadas em alegria. Por todo o mundo nesse momento, vastos rios de lágrimas fluem daqueles que já foram libertos. Após séculos de cativeiro satânico, as pessoas estão sendo soltas das correntes. E estão chorando lágrimas de arrependimento e de louvor ao Libertador.

Isaías ficou tão entusiasmado com o que viu, que quase explodiu de contentamento. Ele profetiza que quando começarmos a ver as obras milagrosas de Deus em nosso meio, gritaremos: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará" (v. 25:9).

"E tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo" (25:8). A palavra opróbrio aqui vem da raíz hebraica sugerindo "zanga, desgraça". Fala das potestades satânicas que zombam e se zangam contra os crentes consagrados. Tais ataques surgem especialmente quando estamos orando para que um querido nosso seja liberto das fortalezas demoníacas.

Talvez você tenha ouvido esse opróbrio zangado do inferno. Eles lhe insultam, dizendo: "Você se vangloria de que Deus atende as orações. Bem, onde está a resposta? Há anos você jejua e ora pelo seu filho, mas ainda não conseguiu. Depois de todo esse tempo, nada mudou. Ele nunca será salvo".

Aí você ouve essa acusação: "Você é o culpado. Você plantou as sementes de rebeldia nele. Foi você que endureceu o coração dele". Amado, essa é a primeiríssima reprimenda do diabo contra o povo de Deus. Nunca devemos ouvi-la. Pelo contrário, devemos nos sustentar na segura palavra de Deus para nós: "Tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo" (25:8).

Fica ainda melhor. Isaías prevê a humilhação de Satanás. Ele também observa Deus arrasando todo o poder e o orgulho dos principados do mal. "Porque a mão do Senhor descansará neste monte; mas Moabe será trilhado no seu lugar, como se pisa a palha na água da cova da esterqueira" (Isaías 25:10). Isaías deixa claro: a humilhação de Satanás acontece no monte, no local de oração e adoração, onde a presença de Cristo é manifesta.

Moabe aqui era um inimigo real de Israel. Mas tornou-se um símbolo representando tudo que era mal e satânico. Deus estava dizendo ao povo: "Vou lançar Satanás na fossa do esgoto. Vocês estão prestes a assistir seu zangado inimigo sendo derrotado". Ora, isso não se refere ao futuro acontecimento quando Deus prenderá o diabo e o lançará à prisão infernal. Não, essa humilhação será testemunhada durante a nossa vida. E será vista apenas por aqueles que esperam no Senhor, buscando-O no monte, e possuem a Sua presença manifesta neles.

Satanás ainda reinará no mundo do mal. Mas um remanescente santo o verá humilhado em seus corações e lares. Deus o encerrará dentro de um lamaçal de esgoto. E o diabo freneticamente tentará nadar para fora: "no meio disso estenderá ele as mãos, como as estende o nadador para nadar" (25:11). Em hebraico, essa imagem sugere astúcia girando, se movendo. Simplificando, quando Satanás descobre que o seu ente querido começou a se voltar para Jesus, usará de toda astúcia para continuar prendendo-o com suas garras demoníacas. Mas não devemos nos preocupar: Deus o pisará sob Seus pés de novo.

No fim, o Senhor derrubará todas as muralhas da cidadela de Satanás: "E abaixará as altas fortalezas dos seus muros; abatê-las-á e derribá-las-á por terra, até ao pó" (25:12). Você consegue imaginar isso? Talvez não. Você tem dificuldades em crer em algo tão incrível em sua vida? Eu lhe exorto a se sustentar na profecia de Isaías: "Crede nos seus profetas e prosperareis" (2 Crônicas 20:20).

Pedro prega que a visão de Isaías já estava sendo cumprida na igreja em Jerusalém: "mas Deus, assim, cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério" (Atos 3:18-20). Pedro raciocina que se as profecias sobre Cristo haviam se cumprido ao pé da letra, então todas as outras profecias cumprir-se-iam. E isso inclui tempos de refrigério por estar na presença do Senhor.

Isaías referiu-se a estes tempos de refrigério (v. Isaías 28:12). Estes são tempos que Deus escolhe para reavivar e curar. E Ele o faz não porque façamos por merecê-lo, mas para a glória de Seu próprio nome. Pedro viu isso cumprido no Pentecostes: a presença de Cristo foi manifesta, trazendo reavivamento e refrigério à uma multidão de milhares. Multidões foram libertadas, incluindo famílias inteiras. Vemos isso mais tarde quando Pedro trouxe a presença de Jesus à casa de Cornélio, e todo o lar foi salvo.

Agora mesmo, creio que estamos exatamente no início do último reavivamento. Veremos famílias tiradas do cativeiro. Milhões de pessoas que se desviaram terão os seus véus removidos. E filhos e filhas desgarrados serão restaurados a seus pais.

Qual é o nosso papel? Devemos fazer como Daniel fez quando leu a profecia de Jeremias e discerniu os tempos: "Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza" (Daniel 9:3). Daniel fez aquilo ao qual todos somos chamados a fazer: ir ao monte santo de Deus. Que todos os consagrados servos de Jesus Cristo nestes últimos dias possam se encontrar lá!

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