SUPERANDO A SEMENTE DA DÚVIDA

David Wilkerson (1931-2011)

João Batista foi um homem da Palavra. Dedicou a sua vida inteira estudando as escrituras em solidão e meditando na lei. Apontou para Jesus e declarou: “Vejam! É o Cordeiro de Deus” (João 1:29). Ele tinha visto o Espírito Santo descer sobre Cristo como uma pomba e ouviu a voz do Pai declarando que Jesus era o seu próprio filho. Porém, João acabou numa prisão e o seu ministério poderoso e ungido foi encurtado pelo perverso Rei Herodes (veja Lucas 3:19-20). Agora, a multidão que seguia João se foi – e “a voz do que clama no deserto” foi silenciada.

O ministério público de João durou apenas um ano, mas durante este tempo, Deus demonstrou o seu poder através da sua pregação. Jesus sabia que o seu profeta poderoso preferia morrer a ficar preso na prisão. Até porque, ele viveu toda a sua vida no deserto, andando pela terra e dormindo em cavernas.

Enquanto João estava na prisão, uma espécie de tribulação profunda e sombria tomou a sua alma e ele começou a duvidar. João deve ter pensado o porquê Jesus não o libertou da prisão. Mesmo porque, Isaías profetizou que o Messias libertaria os cativos quando viesse. Francamente, Jesus não vivia de acordo com as expectativas de João. Ele realmente era o Messias prometido? (veja Mateus 11:2-3).

O mesmo demônio que tentou Jesus no deserto tentou destruir a fé de João. E ele usa as mesmas mentiras e enganos contra nós hoje. O seu objetivo é plantar sementes de dúvida em nós sobre a Palavra de Deus, as suas promessas, o seu deleite em nós. Satanás quer que você fique impaciente, enquanto espera pela resposta das suas orações. Porém, a impaciência com Deus pode fazer com que as suas orações tornem-se “um odor estranho”, ao invés de um incenso suave.

Tiago 1:2-4 nos encoraja: “Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações, pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.”