UM PRISIONEIRO DE CRISTO

David Wilkerson

Paulo escreveu muitas de suas cartas para as igrejas aprisionado numa minúscula cela – limitado, desprezado, separado dos cristãos e, aparentemente, do ministério. Pense numa condição dolorosa. Mesmo assim, Paulo nunca considerou ser prisioneiro das circunstâncias, em vez disso, chamou a si mesmo “prisioneiro de Cristo” (veja Efésios 3:1).

Em sua carta aos Colossenses, Paulo demonstra seu desejo para todos os santos que sofrem: “Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual. E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus e sendo fortalecidos com todo o poder, de acordo com a força da sua glória, para que tenham toda a perseverança e paciência com alegria” (Colossenses 1:9-11).

Incrivelmente, as palavras de esperança e exortação de Paulo foram um produto de seu aprisionamento mais longo, provavelmente, na Cesareia. Quando Paulo escreve essas palavras, ele não tinha esperança de ser libertado. Até onde sabia, ele ficaria ali por anos, possivelmente pelo resto de seus dias. Fica claro que ele estava em paz com suas circunstâncias dolorosas.

Em nenhum lugar desta carta, encontramos Paulo questionando ao Senhor. O apóstolo teve um pleno entendimento espiritual da vontade de Deus e acolheu as circunstâncias como sendo a vontade do Senhor para sua vida naquele momento. Portanto, Paulo escreveu triunfantemente aos Colossenses, “que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual”.

Você consegue imaginar? Lá estava Paulo, em pleno cativeiro, sem qualquer tipo de liberdade. Ainda assim, ele falou para que “vivam de maneira digna do Senhor e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento de Deus”.