Uma Taça de Atordoamento
"Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor; desperta como nos dias da antiguidade, como nas gerações antigas. Porventura não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe, e traspassou ao dragão?... Desperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor o cálice do seu furor; que bebeste da taça do atordoamento, e a esgotaste...."
"Assim diz o Senhor Deus e o teu Deus, que pleiteia a causa do seu povo: Eis que eu tiro da tua mão a taça de atordoamento e o cálice do meu furor; nunca mais dele beberás" (Isaías 51:9, 17, 22, itálicos meus).
Nessa poderosa profecia, Isaías nos diz que Deus colocou nas mãos de todas as nações uma "taça de atordoamento". Essa taça é ação do Senhor, e está cheia com o vinho do medo, da desesperança e da perplexidade.
Isaías estava escrevendo para um povo que estava em cativeiro na Babilônia. Ele direcionou a mensagem especificamente para os justos que continuavam a buscar ao Senhor em meio àquela sociedade perversa. Era uma palavra a um remanescente santo que não tinha cedido ao materialismo e à sensualidade que os cercavam.
Isaías escreveu muito sobre os últimos dias, e creio, juntamente com muitos estudiosos da Bíblia, que essa mensagem aqui se aplica à igreja de hoje. De fato, tem um significado para todos aqueles que buscam ao Senhor e amam Sua justiça em um tempo de iniquidade. Em suma, a mesma taça de atordoamento que Deus colocou nas mãos da Babilônia, Assíria e das nações ao redor, é a taça que Ele colocou nas mãos das nações hoje.
Isaías entregou a mensagem em meio a tempos turbulentos e caóticos, quando todas as nações bebiam da taça da iniquidade. O povo de Deus fora atacado por medos durante aquele período, medos que espelham os nossos tempos hoje:
1. Havia o medo pessoal diário de perder tudo devido às condições caóticas do mundo.
O Senhor disse ao Seu remanescente na Babilônia, "Temes continuamente o dia todo por causa do furor do opressor, quando se prepara para destruir" (Isaías 51:13). Deus, na verdade, estava dizendo ao povo, "Vocês acham que vão ficar sem pão, e vão cair na vala da pobreza. Vocês fixaram os olhos no opressor ao invés de no teu Provedor".
O fato é que algumas dessas mesmas pessoas eram crianças quando viram os pais perderem suas casas em Israel. Eles tiveram todos os bens e propriedades tomados pelos invasores babilônicos. Agora havia ameaças de que os persas estariam prestes a invadir a Babilônia e derrubá-la. E isso fez com que o povo de Deus se sentisse impotente mais uma vez. Eles tinham de se posicionar e vigiar quando uma crise internacional fazia a sociedade ao redor tremer.
O medo tinha agarrado o coração desses israelitas, e os afligia continuamente. Os dias estavam cheios de um crescente medo de ruína, de que tudo que eles construíram durante o tempo de cativeiro em breve lhes fosse tirado. Você consegue imaginar a cena? Ali estava um povo especial e favorecido por Deus, orando e buscando Sua face. No entanto, todo o tempo eles bebiam da taça de um medo que os atordoava e fazia tremer. Eles imaginavam "Como vamos sobreviver? Como vamos sustentar a família?". Era puramente um medo pela sobrevivência.
2. Eles também temiam perder os filhos para o espírito babilônico.
"Os teus filhos já desmaiaram, jazem nas esquinas de todas as ruas" (51:20). A preocupação pelos filhos tinha se espalhado entre os piedosos pais israelitas. Esse medo tornou-se tão esmagador que causou certa embriaguez entre os mais fiéis. Em suma, eles viam os filhos se tornando cada vez mais insensíveis a Deus em meio à ímpia sociedade babilônica. Os jovens estavam se tornando endurecidos ao se entregar à sensualidade, ao materialismo, às cobiças da carne.
Finalmente, o Senhor enviou um "desmaio" entre essa juventude como repreensão por sua apostasia.
3. Eles temiam as terríveis calamidades e o terror ganhando espaço nas nações ao seu redor.
"Estas duas coisas te aconteceram; quem terá compaixão de ti? a assolação e a ruína, a fome e a espada" (51:19). Isaías não dá uma lista das crises caóticas que o povo de Deus enfrentou naquele tempo. Mas efetivamente diz que esses eventos foram acrescentados à sua taça de atordoamento. As crises no cenário internacional apenas se somavam à ansiedade por crises pessoais,
4. Não havia líder para tirá-los do caos.
"De todos os filhos que ela teve, nenhum há que a guie; e de todos os filhos que criou, nenhum há que a tome pela mão" (51:18). Não havia rei, príncipe, ou líder político que pudesse trazer esperança ao povo. Ninguém possuía as respostas tão desesperadamente necessárias. Em vez disso, abundavam falsos profetas, dizendo mentiras e profetizando prosperidade enquanto construíam as próprias fortunas. Não havia uma voz verdadeira na terra para lhes trazer alguma paz ou esperança.
"Desperta, como nos dias da antiguidade" (Isaías 51:9). Não se engane: esse era um clamor acusatório. Implica que Deus estava dormindo, despreocupado com o povo. Eles estavam Lhe dizendo, na verdade, "Senhor, por que não ages? Onde está o poder prometido? Aja em nosso favor da forma como fez pelo Teu povo no mar Vermelho. Faça por nós agora o que o Senhor fez na antiguidade".
Pense no que o povo de Deus estava dizendo aqui. Eles gritavam, acusando Àquele que nunca tosqueneja nem dorme, cujo braço estava sempre estendido em favor deles, "Deus, acorde!". Pense sobre isso. Esses mesmos israelitas tinham pregado muito sobre um Deus poderoso de milagres no passado; contudo, tinham pouca fé em Sua vontade de operar maravilhas por eles agora, na crise atual.
Diga-me, a igreja de hoje tem alguma diferença? Também pregamos grandes sermões sobre o poder do Senhor nas eras passadas: um Deus que tirou água da rocha, que proveu pão dos céus, que ressuscitou os mortos. Mas, assim como o povo d'Ele na Babilônia, temos pouca fé na vontade do Senhor em operar maravilhas na dificuldade que estamos vivendo nesse momento. Cantamos louvores sobre como Ele é poderoso, pregamos sermões sobre como Ele responde às orações. Entretanto, o tempo todo nos preocupamos de onde virá o próximo salário; ficamos inquietos por causa de nossos filhos; ficamos obcecados sobre como vamos pagar a hipoteca. Nós, também, bebemos da taça do atordoamento, enchida com pensamentos de incredulidade.
Veja as semelhanças entre os nossos próprios medos e aqueles dos israelitas na Babilônia. Vejo-nos sendo esmagados pelos mesmos quatro medos que afligiram Israel:
1. Há um medo diário de perder tudo.
Os Estados Unidos estão experimentando a maior crise imobiliária desde a Grande Depressão. O valor dos imóveis baixou a maior porcentagem desde que estes dados começaram a ser registrados. Um milhão e meio de pessoas estão sob risco de perderem suas casas.
As nossas maiores e mais confiáveis instituições bancárias estão tendo de ter o endosso das moedas árabes e chinesas. A China colocou recentemente 650 bilhões de dólares em nosso sistema bancário para salvá-lo, e também teve de garantir uma das maiores seguradoras do país.
A economia afundando tornou-se a preocupação número um, maior até mesmo que a guerra no Iraque ou a ameaça de terrorismo. A bolsa de valores está uma montanha-russa, com alertas por todos os lados sobre uma recessão profunda por vir. Mesmo com o Congresso votando enviar cheques para cada lar americano com o intuito de estimular a economia, as pessoas estão cautelosas quanto a gastá-lo.
2. Existe um medo crescente quanto à perda dos nossos filhos.
Os campuses das faculdades estão se afogando em álcool, com epidemia crescente de bebedeiras. Até mesmo em escolas ricas dos subúrbios, está difícil encontrar estudantes que não fumem maconha ou que não bebam abusivamente; muitos já estão profundamente viciados. Meta-anfetamina, em formato barato e acessível, está devastando grandes e pequenas cidades, com uma geração inteira caindo em seu abismo infernal. Um ex-viciado, cujo uso de drogas o levou à beira do suicídio, me falou que os efeitos da meta-anfetamina eram semelhantes a cheirar 1000 carreiras de cocaína.
Como o número de tiroteios nas escolas tem aumentado recentemente, os pais ficam aflitos com medo de enviar os filhos para faculdades ou colégios, até mesmo às particulares. Como conseqüência dos tiroteios em uma universidade de Illinois, um pai rico contratou um helicóptero de segurança para sobrevoar a faculdade onde a filha está matriculada. O campus estava vivendo intranquilidade, e ele queria que a filha fosse resgatada caso tiroteios atingissem a área.
Sou um pai e avô cujo coração se entristece pela geração de jovens que se tornou cativa e refém do Diabo. Como outros pais, sou tentado a ser oprimido pelo medo de todas essas coisas. Mas, se eu permitir que o medo agarre meu coração, vou acabar engolindo lixo.
3. Existe um atordoamento e tremor sobre a desolação, a fome e o terrorismo ganhando espaço no mundo todo.
Informes dizem que 50.000 pessoas estão morrendo de fome no Congo. A purificação étnica no Sudão já desabrigou mais de 300.000 homens, mulheres e crianças. O Quênia está sendo aterrorizado pela violência brutal, com multidões sendo dilaceradas em cidades e aldeias. O Chade enfrenta guerra civil. A Nigéria está caindo em caos social. O Oriente Médio continua a ferver num caldeirão de terror e medo.
Que o Senhor parta nossos corações quanto a essas tragédias e agitações. Nosso ministério está diariamente em comunicação com nossos contactos no Quênia, que relatam que igrejas e líderes tribais estão chamando por unidade em meio ao caos.
4. O mundo inteiro hoje procura um salvador, um líder que apareça com soluções para esses problemas que se acumulam.
A União Européia está fazendo planos para instalar um "super presidente" que terá poderes nunca vistos e erguerá uma força militar. Enquanto isso, o mundo aguarda o aparecimento de um Homem com respostas. Políticos, um após outro, aparecem fazendo promessas incríveis, se gabando de que colocarão tudo em ordem. Esperanças se erguem assim que uma cara nova entra em cena. Mas, todo líder que emerge terminará incapacitado para resolver. Toda solução definitiva será exposta como fumaça e miragem. A série de desapontamentos vai preparar o palco para o anticristo.
Isaías diz que nem mesmo os "filhos da igreja" podem oferecer liderança. Pense sobre isso: em toda corrida presidencial, políticos se gabam de serem filhos da igreja. Veja os candidatos à presidência que concorrem na campanha atual: um candidato era mórmon, outro era ministro batista, outro da Igreja de Cristo. Todos eles falam de Jesus, carregam a Bíblia, e um carregava uma cópia de Uma Vida com Propósitos. Todavia, as escrituras nos dizem, "De todos os filhos que ela teve, nenhum há que a guie; e de todos os filhos que criou, nenhum há que a tome pela mão" (Isaías 51:18).
Ninguém consegue chegar a um acordo quanto ao que fazer a respeito da economia que está piorando, as crises da guerra e do sistema de saúde. Os problemas que se acumulam estão muito acima deles. A verdade é: existe apenas um Homem com respostas nesse universo: nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Somente Ele pode nos tomar pela mão e nos guiar à paz, esperança e vitória.
O que Deus promete fazer quanto à nossa taça de atordoamento? Isaías nos diz, "Pelo que agora ouve isto, ó aflita, e embriagada, mas não de vinho" (Isaías 51:21). Eis aqui um chamado do "teu Deus, que pleiteia a causa do seu povo" (51:22). o qual devemos tomar nota. O Senhor está dizendo, em essência, "Tenho uma palavra a todos os que amam a justiça, que têm Me buscado, mas foram intoxicados por beberem do medo".
"Eis que eu tiro da tua mão a taça de atordoamento e o cálice do meu furor; nunca mais dele beberás" (51:22). Deus declara, "Eu fiz provisões para que nunca mais vocês tenham de beber da taça de atordoamento. Somente os ímpios beberão do cálice do Meu furor. Mas provi para que vocês bebam da Minha fonte de vida".
Amado, o Senhor nunca quis que Seu povo vivesse em pânico ou atordoado de medo. Até mesmo no Velho Testamento, o Senhor tinha um povo que cria em Suas promessas e não era abalado pelo caos ao redor. Vemos isso na vida do profeta Habacuque, um homem que recebeu uma visão "do fim" (Habacuque 2:3).
Habacuque viu um povo nos últimos dias que se desgastaria perseguindo a ganância e a cobiça. Segundo sua visão, um terrível espírito de violência iria prevalecer naqueles dias (ver 1:9). Quanto a tudo isso Habacuque diz: "O cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória" (2:16).
Sabemos que um profeta sempre fala primeiro para a sua própria geração. No entanto, segundo o próprio Habacuque, essa palavra profética é valida também para nossa geração. Ele nos diz, "Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e até o fim falará, e não mentirá" (2:3, itálicos meus). Habacuque estava vendo uma taça de atordoamento: "Ouvi-o, e o meu íntimo se comoveu... vacilam os meus passos; em silêncio" (3:16).
Eis aqui um homem de Deus, um profeta de oração, que certa ocasião ficou tão oprimido por acontecimentos horríveis, que até ele tremeu. Mas o Espírito veio sobre Habacuque e ele profetizou: "Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente" (3:17-19).
Deus removeu a taça de atordoamento de Seu servo Habacuque. E fará o mesmo com todos os fiéis de hoje.
O remanescente de Deus tinha sido fiel em buscá-Lo. Mas agora, o Senhor buscava nesse remanescente algo que fosse além de meramente buscá-Lo. Lembre-se, o clamor deles era, "Senhor, acorde! Levante-se!". Como Deus respondeu a esse clamor?
Ele retornou com a palavra: "Desperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor o cálice do seu furor" (Isaías 51:17). Em outras palavras: "Não. Quem tem de acordar é você, Israel. São vocês que estão dormindo, que estão bêbados de medo". "E pus as minhas palavras na tua boca, e te cubro com a sombra da minha mão... Tu és o meu povo... [Entretanto] bebeste da taça do atordoamento, e a esgotaste" (51:16 e 17).
Ouço que muitos crentes beberam os resíduos do cálice do desespero. Eles enfrentaram tantos traumas e suportaram tantas crises, que agora estão exaustos. Ficaram tão oprimidos que acham que uma preocupação a mais, um medo a mais, irá esmagá-los definitivamente. Chegaram ao ponto de ruptura, ao fim.
O que Deus diz a um povo tão temeroso que treme de ansiedade? Qual é a receita àqueles cujos corações estão desmaiando de medo, cujos olhos estão fixados nas coisas calamitosas vindo sobre eles? Ele dá a Sua palavra: "Despertem! Acordem!" (ver 51:17). Eis aqui a condição que Deus nos impõe para que Ele possa retirar a taça de atordoamento dos nossos lábios: "Levante! Tome uma posição!".
Amado, com tudo o que está por vir – com os ímpios se tornando cada vez mais vis e perversos, com crises econômicas continuando a se acumular – o povo de Deus precisa mais do que mensagens que levantem o moral. Eles precisam mais do que sermões que bombeiem uma fé de vida curta. Um homem escreveu para mim, "Suas mensagens recentes parecem repetitivas. É mensagem atrás de mensagem tentando encorajar crentes desesperados. Parece que poucos sabem se agarrar a uma fé que não tenha de ser constantemente bombeada. Eles não conhecem a Bíblia?".
Essa era a específica preocupação de Deus com Israel. Qual foi a resposta de Deus para a acusação deles? Ele disse, "Quem, pois, és tu, para teres medo dum homem, que é mortal, ou do filho do homem que se tornará como feno" (Isaías 51:12). Em outras palavras: "Coloquei Minhas palavras na boca de vocês. Os cobri com Minha mão. Declarei que vocês são o meu povo. Mas ainda assim, vocês não querem se convencer de que serei fiel para operar a Palavra que Eu disse a vocês. Vocês ainda temem homens que vão se esvair como a erva".
Paulo pregou, "Conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um" (Romanos 12:3). Todos os crentes recebem uma porção de fé. E essa porção deve crescer até ser fé firme, inabalável. Como acontece isso? Conforme a fé cresce, ela é fortalecida de um único modo: ouvindo e crendo na palavra de Deus.
O Senhor nunca nos pediria para fazer o impossível. E é possível nos sacudirmos e despertarmos para que nos perguntemos, "Por que estou com tanto medo? Por que estou nessa montanha-russa de altos e baixos de desespero? Por que o futuro causa pânico em minha alma?".
Eis aqui porque isso tem acontecido: é porque não temos submetido completamente nossas vidas, nossas famílias, nossa saúde, nossos empregos, nossas casas às fiéis mãos de Deus. Não demos o salto de fé que define, "Meu Senhor é confiável e fiel. Embora eu tenha falhado incontáveis vezes, Ele nunca falhou comigo. Venha o que vier, vou lançar minha vida e futuro sob Seus cuidados".
Como somos capazes de fazer isso? Abraçando essa palavra que Ele nos deu: "Assim diz o Senhor Deus e o teu Deus, que pleiteia a causa do seu povo: Eis que eu tiro da tua mão a taça de atordoamento e o cálice do meu furor; nunca mais dele beberás" (51:22). Ele está dizendo em essência, "Não estou dormindo. Sou o mesmo Deus que abriu o mar Vermelho, que ressuscitou os mortos, e que fez provisões para vocês. O Meu povo não foi feito para ser escravo do medo".
Ao assumirmos essa postura de fé, enfrentaremos repentinos choques de medo. Mas devemos ficar firmes diante desses medos – nos agarrarmos às promessas de Deus e estarmos plenamente convencidos de que Ele é capaz de guardar aquilo a que nos comprometemos diante d'Ele. Então não beberemos mais do vinho do desespero.
O fato é que quanto mais negros ficam os dias, mais o povo de Deus deve viver por tal fé. Caso contrário, tornamos Deus um mentiroso sempre que tivermos medo e entrarmos em pânico. Uma adolescente demonstrou tal fé poderosamente, como relatado em uma história recente na revista Newsweek. Um avião indo de Newark para Paris voava sob forte turbulência, e os passageiros entraram em pânico e começaram a gritar. Em meio a tudo isso, a garota de dezesseis anos sentada afivelada na poltrona silenciosamente lia sua Bíblia. Mais tarde, perguntaram por que ela não ficou assustada quando todos à volta estavam tremendo de medo. Ela respondeu, "A Bíblia me prometeu que Deus cuidaria de mim. Então, só orei e confiei".
Agora mesmo, o mundo caminha em direção à forte turbulência. Haverá eventos e caos que naturalmente trazem medo e pânico. Mas Deus nos disse, "Minha palavra está em vocês. Vocês estão cobertos sob a sombra de Minhas mãos. E VOCÊS SÃO MEUS FILHOS". Está na hora de afivelarmos os cintos, abrirmos nossas Bíblias e falarmos com nosso Pai em meio a tudo isso. Ele disse que não vamos cair: "Sempre via diante de mim o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado" (Atos 2:25).
Eu insisto com você, faça dessas poderosas palavras de Isaías, as suas:
"Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas cousas? (Foi) Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar. Por que, pois, dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: O meu caminho está encoberto ao Senhor, e o meu direito passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criados dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam" (Isaías 40:26-31).