O mundo precisa de sermões ilustrados – exemplos pessoais poderosos – do amor de Deus.

Em João 17:21, Jesus orou: “Para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” (itálico meu).

Durante Seu tempo com os discípulos, logo antes da Sua crucificação, Jesus advertiu: “Alguns de vocês serão rejeitados, alguns serão aprisionados, alguns serão assassinados. E todos serão perseguidos” (veja João 16:2). Que mensagem de despedida!

Atualmente, muito se fala sobre a condição temerosa do nosso mundo. Nação após nação passa por problemas, à beira de um desastre econômico. Porém, no meio de todo medo e tumulto, Deus ainda ama e salva as almas perdidas.

Sua maravilhosa obra de salvação nunca muda – não é afetada pela economia. Seu Espírito Santo persuasivo e convincente não é impedido pelas condições em Wall Street ou pela economia global cambaleante. O poder salvador de Deus nunca foi limitado pela redução do saldo bancário.

Quando os descendentes de Israel estavam no deserto tiveram sede e começaram a argumentar com Moisés. “ ‘Por que você nos tirou do Egito? Foi para matar de sede a nós...?’ Então Moisés clamou ao Senhor: ‘Que farei com este povo? Estão a ponto de apedrejar-me!’ Respondeu-lhe o Senhor: "Passe à frente do povo. Leve com você algumas das autoridades de Israel, tenha na mão a vara com a qual você feriu o Nilo e vá adiante.

A grande tentação no Cristianismo, hoje, é tornar nossa mensagem tão palatável para as massas, que perdemos o elemento do fogo. “João respondeu a todos: "Eu os batizo com água. Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de curvar-me e desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Lucas 3:16).

Nós criamos cultos cheios de doçura e beleza. Mas isso não os faz extensão do reino e não glorificará Jesus. As pessoas não poderão vir a Deus sem a obra ardente do Espírito Santo.

Enquanto eu leio o Antigo Testamento, minha fé é grandemente encorajada pelo exemplo estabelecido por Davi. Fico admirado com sua determinação para ouvir a Deus em meio a tempos perigosos. 

Isaías clamou: “Senhor, Tu és nosso Pai e nós somos Teu povo! Revele-se e nos toque uma vez mais.” (veja Isaías 64:8-9).

Séculos depois, o mesmo clamor foi ouvido entre outros remanescentes – os 120 crentes que se reuniram numa sala alugada em Jerusalém. Era uma época muito parecida com os dias de Isaías – um período de grande observância religiosa, com multidões reunindo-se no templo, vindas de todo Israel. Havia grande pompa e as sinagogas estavam cheias de pessoas religiosas. Ainda assim, o povo estava passando pela liturgia, meramente observando os rituais.

Num tempo em que grandes julgamentos estavam caindo sobre toda a nação ao seu redor, Isaías testemunhou uma dupla porção de paz sobre si.  

A mesma perspectiva maravilhosa que Isaías teve nas dificuldades daqueles dias está disponível para nós, também. Essa promessa de descanso aplica-se a todos “cuja mente está firme em ti” (veja Isaías 26:3).

Mesmo que Isaías estivesse sobrecarregado pelo que via acontecendo nesse mundo, as Escrituras revelam que ele desfrutava de grande serenidade. Havia duas razões para isto:

O apóstolo Paulo descreve nossos dias quando escreve: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis... Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.” (2 Timóteo 3:1,13). Pense nos anos 90, quando grandes financeiras seduziram e enganaram o pobre, o pouco instruído e o desempregado com financiamentos imobiliários subprime. Esse povo desinformado foi atraído para assumir financiamentos que nunca poderiam pagar e, quando o dia do pagamento chegou, perderam seus lares.

Não pertencemos a nós mesmos, mas a Ele! Isto começou quando nos tornamos uma nova criação em Cristo e não mais vivíamos para nós mesmos. Nosso testemunho tornou-se: “Uma vez, eu estava perdido, mas agora fui encontrado. Submeto minha vida a Ele continuamente.”